quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A MINHA AUTOBIOGRAFIA
Por Márcia Espiguinha (10º Lav)

Esta pessoa que está a escrever é tratada pelo nome de Márcia Espiguinha. Pode estar neste momento a rir-se do meu apelido, eu sei, Espiguinha não é um apelido muito comum. Na verdade, passo por cada coisa com ele… mas já é um costume ouvi-lo e, quando vou a algum lado importante e tenho que dizer o meu nome, repito o meu apelido umas quatro vezes, sem exageros. Apesar de tudo isto, orgulho-me muito do meu nome, é a minha identificação e ninguém ma pode tirar. Bem, sou portuguesa e nasci em Lisboa no dia treze de Outubro de 1994. Sou balança e posso dizer que tenho tudo a ver com o meu signo.
Por mais que pareça mentira, não tenho um momento muito marcante na minha infância mas sim um conjunto de momentos felizes e que me ajudaram a construir o meu ser. Todos os anos vou à terra dos meus avós, Chão Redondo. Pode ser um lugar pequeno e escondido do resto do mundo mas é, sem dúvida, magnífico, com um aroma intenso a laranjeiras e a oliveiras. Foi neste sítio que aprendi a andar de bicicleta. Lembro-me de que a minha mãe estava à janela quando pus os pés nos pedais e andei, pela primeira vez, numa bicicleta. Posso agradecer ao meu pai que foi um verdadeiro mestre no ensino de andar de bicicleta pois, pelo que me lembro, chegou aos três dias e já o sabia fazer na perfeição. O meu pai é um homem com muita paciência pois teve de aturar um “bicho-do-mato”, como ele diz. Adoro o meu pai e, apesar de ele dizer que sou louca, ele é mil vezes mais. Foi com a minha mãe que ganhei uma grande paixão pelo cinema. Ela é a minha companheira de visionamento de filmes e lembro-me de que um dia vi com ela um filme antigo e passámos toda a noite a rir. O filme chamava-se “Sete noivas para sete irmãos”e, não sei se o leitor já o viu, mas é bastante engraçado e, apesar de ser musical, é um filme que recomendo. A minha mãe lê livros duma grossura impressionante em menos de cinco dias e, se alguém quiser um conselho sobre algum livro, pode vir falar com a Senhora Fernanda que ela dá. É uma mulher que eu admiro e vou dizer em voz alta que a minha mãe é a MULHER MARAVILHA. Já que falei dos meus pais, vou falar sobre a minha irmã. Podia escrever cem páginas sobre a minha irmã e sobre a relação que tenho com ela mas, como tenho mais coisas a escrever sobre a minha vida, vou fazer um breve resumo. A minha irmã é uma mulher de um pensamento muito diferente do meu. Desde novas que somos chegadas, tivemos algumas discussões severas mas lá no fundo não sabemos viver uma sem a outra. Uma parte de mim foi construída com a ajuda dela. Quando pequenas, ela ensinava-me a ler e a escrever. Foi com ela que aprendi a atar os atacadores. Estes momentos foram dos mais felizes que tive.
Deste novinha, com os meus sete ou oito anos, que ganhei o amor pelo desenho e pela pintura. Nessa altura, a escola básica fez um concurso sobre BD (Banda Desenhada) e o vencedor via o seu desenho no jornal da escola. Quando a minha professora disse que o meu iria ser apresentado no jornal da escola, posso dizer que fiquei muito orgulhosa de mim própria.
Passei para o quinto ano e desde então que a escola básica se tornou numa época que nunca vou esquecer. Desenvolvi a minha prática do desenho, fiz bons amigos e conheci professores que vão estar sempre no meu coração. Como o meu professor de Visual que foi um homem formidável, sempre acreditou que eu era capaz de mais e que não podia só depender das opiniões dos outros. Um outro professor que me marcou foi o meu professor de História, um homem muito engraçado e bem-disposto. Um professor diferente dos outros.
Um acontecimento importante, foi ter entrado para a escola de música onde toco piano há já 4 anos. Um mais recente foi não estar feliz na escolha que fiz no 10º ano. Não gostei do curso e chegava a casa triste e a perguntar o que deveria fazer. Foi um grande passo que dei ao mudar de curso pois iria perder um ano mas, com o apoio da minha família, entendi o que eu queria.
Agora, no curso em que estou, tenho muitos objectivos. Acabar o secundário com uma boa média e ir para a faculdade de arquitectura ou de cinema. Não vou dizer lamechices como “quero ser feliz”, porque quem quer ser feliz no futuro é porque no presente não o é e por isso eu digo que quero continuar a ser feliz ao pé da minha família e dos meus amigos.
A minha vida, neste momento, é como um filme de comédia: divertida, apaixonante e inacreditável.

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