Por Sara e Victória (10º G)
Caminho
«Vem por este caminho» - dizem-me bocas com intenções fortes,
Sorrindo com um malicioso brilho e certas
De que eu as devia seguir fosse no que fosse.
Quando me dizem: «vem por este caminho!»
Eu fito-as com o olhar e reparo em cada traço
Que faço, cada passo.
Não esperem por abraços,
Já decidi, não vou por aí.
Minha competência ninguém testa,
Sou dono da minha verdade,
E dos outros tenho certo desdém.
Sem vontade, vivo com a mesma maldade
De quando nasci de outro alguém.
Não sigo por aí! Sigo pela minha ponte,
Onde me guio pelos meus instintos.
Ninguém é capaz de me dar uma fonte,
Apenas dizem «vem por este caminho».
Mas eu só quero andar por lugares estreitos,
E gritar pelos ventos,
Que não quero ser sargento!
Eu quero seguir por mim.
Cheguei aqui
Só para descobrir novas margens,
E sentir terra nunca antes colonizada!
Para além disso, a minha vida é pouco valorizada.
São vocês, após seguir-vos,
Que me dão coragem para que avance
Para atingir o que pretendo?
Eu quero que me deixem a sós
Vocês abominam o difícil!
Eu desejo o que está fora do alcance,
Adoro aquilo que é desconhecido.
Vão pelas cantigas embaladas,
Pelo fácil e certeiro,
Têm Nações, lugares de facto,
Seguindo leis, etiquetas e ensinamentos duradouros.
Eu cá tenho a minha loucura!
E mesmo à noite ela perdura,
Saindo por todos os meus poros...
Sou guiado pelo mal e pelo bem,
Diferença toda a gente a tem,
Mas eu sou daqueles que não vou pela experiência,
Nasci assim e tenho consciência.
Oh! Que ninguém tenha pena das minha decisões!
Ninguém me peça explicações!
Estou farto que me digam: «vem por este caminho».
Ando nesta vida sem saber quem sou
Agora que esta questão recomeçou,
Meu ânimo voltou...
Eu não sei onde estou,
Nem sei para onde vou,
Só sei que não irei por esse caminho!
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