Por Daniel Gomes
Sinopse:
Alexis Fielding sentia-se intrigada sobre o passado da sua mãe, Sofia. Sabia que tinha sido criada numa aldeia de Creta. Por isso, decidiu fazer uma viagem até às ilhas gregas para saber mais acerca do seu passado familiar. Foi uma amiga de infância da mãe, Fotini, que lhe deu a conhecer a história que Sofia escondera toda a vida: uma família que sofrera uma tragédia e enfrentara a guerra e a paixão. Ao descobrir o passado, Alexis consegue enfrentar e resolver os seus problemas pessoais, amorosos, do presente.
Apreciação crítica do leitor:
Foi interessante ler esta obra porque o tema baseia-se num acontecimento verídico do início do século: a lepra, os leprosos e o sofrimento inevitável de uma vida solitária, longe da família e amigos.
Esta obra cruza a vida de duas famílias. A que vive no início do século XXI teve antepassados, no início do século XX, que viveram um conflito social e passional que acabou, irremediavelmente, por reflectir-se em alguns descendentes.
O que é agora um espaço de visita turística obrigatória foi, outrora, um lugar de desespero, infelicidade, solidão.
A escrita pormenorizada e envolvente de Victoria Hislop apresentou com realismo o sofrimento das personagens, mas também os momentos de alegria, de fé e esperança, próprias do ser humano, que ela demonstrou conhecer tão bem.
Esta obra fez-me reflectir sobre algo que está distante e esquecido por nós, a lepra, mas que continua a ser uma realidade em alguns países, sobretudo na Índia. Apesar de custar somente vinte e cinco euros a cura de um leproso em fase inicial, a verdade é que a pobreza excessiva faz com que milhares de pessoas, todos os anos, sejam afectados por esta doença. A falta de informação, em pleno século XXI, e o medo de rejeição contribui para que muitas pessoas tenham graves lesões em todo o corpo, sobretudo a nível dos nervos, da pele e outras deformações corporais.
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