terça-feira, 14 de junho de 2011

Por Diogo Mosteias - 10º Act 

“… é na adversidade que melhor nos conhecemos. “



Nós conhecemo-nos como conhecemos a palma da nossa mão e achamos que já sabemos tudo sobre ela. Todas as suas curvas, todas as marcas, todos os caprichos e maneira de ser.

Quando somos pequenos descobrimos as mãos, por volta da mesma altura em que começamos a conhecer-nos. Entretanto a palma da nossa mão cresce e define-se com as suas marcas e feitios e também a nós nos acontece isso.

Até que um dia caímos e ferimo-nos na mão. A palma da mão ganha uma nova marca e nós também somos marcados com essa queda… A mão leva tempo a cicatrizar e descobre uma nova força, a regeneração, força essa que ela não conhecia. Assim é connosco. Quando a nossa vida dá um tombo, tendemos a pensar que é o fim, que não existe mais nada para além da dor, mas, tal como aconteceu com a palma da mão, descobrimos uma força selada bem no fundo de nós e conseguimo-nos levantar e recuperar o sentido da vida, aparentemente perdido na queda.

E assim continuamos a viver, com várias quedas e a libertarmos a força que está bem dentro de nós, vezes sem conta, assim como a mão se regenera vezes sem conta.

Cada vez que nos magoamos, conhecemos melhor a palma da nossa mão, porque a levamos ao limite outra vez e é só no limite que a verdadeira personalidade de alguém vem ao de cima.

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