Por Andreia Leal
A emoção, os sentimentos, as paixões ou o humor, fazem parte dos afectos que são reacções que nos ligam aos outros e às coisas que estão à nossa volta. Chega a ser ridículo pensar que numa sociedade possa existir uma grande percentagem de jovens que sobrepõe as novas tecnologias, como os telemóveis ou os computadores, ao “calor de um abraço”.
Com o avanço das novas tecnologias, os jovens vão ficando agarrados a uma teia de redes sociais, trocando mensagens a toda a hora e tendo conversas a partir das inovações. Em comparação com anos passados, não deixa de ser verdade que actualmente se passa mais tempo nisso do que com as pessoas que nos são importantes, mas isso só é assim porque é aconchegante quando, num dia, conseguimos estar com as pessoas que são essenciais para a nossa vida e passar as restantes horas do dia a trocar SMS com as mesmas. E isto porque não podemos passar as 24 horas do dia com elas visto que temos muitas mais coisas a ocuparem o nosso dia! Isto não quer dizer que não as passaríamos, se pudéssemos!
Chega a ser absurdo falar dos jovens como um todo, no que toca ao assunto dos afectos e das ligações criadas com os outros, porque cada um é como cada qual. Não existem dois jovens iguais, como tal, cada um pensa da sua maneira e cada um dá valor às coisas que para si são realmente importantes e fazem sentido! Assim sendo, eu posso preferir mil vezes estar com o meu melhor amigo e dizer-lhe através do olhar o que sinto por ele, mas isso pode não ser assim para outra jovem qualquer.
Portanto, não acho bem que generalizem toda esta questão e falem de nós como seres insensíveis e dependentes das novas tecnologias.
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