Por Sofia Alvarenga
Sinopse
Depois da polémica de O Evangelho Segundo Cristo, José Saramago viaja pelo Antigo Testamento através de Caim e dos protagonistas do Antigo Testamento da Bíblia, começando pela história de Adão e Eva no Jardim do Éden e acabando no Dilúvio de Noé.
Saramago fala-nos de deus e da bíblia com uma ironia brutal que nos mete a rir do princípio ao fim de todo o livro.
Caim é uma guerra entre o criador e a criatura.
É sem dúvida a versão moderna e sarcástica do Antigo Testamento, onde, ao contar a história mítica, há confrontações sucessivas sobre as atitudes de deus.
O deus de Saramago não é um deus qualquer, é um deus muito humano que é gozado constantemente pelo autor.
Apreciação crítica
É, sem dúvida, um esmiuçar da Bíblia, muito bem conseguido e com a escrita particular de José Saramago.
Valeu a pena, sem dúvida alguma, ler este grande livro de José Saramago. Eu adorei os seus sarcasmos e há uma identificação entre a minha maneira de pensar sobre igreja e a dele.
É um livro alegre, fantástico, cheio de situações muito caricatas em que deus é sempre o mais gozado.
Aconselho esta obra a todos os cidadãos do mundo pois acho que toda a gente tem o direito de acreditar no que quiser mas também é saudável por vezes rirmo-nos das nossas crenças que são em muitos aspectos ridículas.
Deveríamos ser todos a personagem Caim de vez em quando e questionar um pouco as nossas crenças. Questionar não é deixar de aceitar, mas sim reformular as ideias que temos. É como fazer uma limpeza ao nosso cérebro de coisas inúteis e burlescas.
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