Reflexão sobre a “Dor de Pensar”
Por Susana Dias, 12º C
Uma inteligência persistente e inquieta pode desviar a atenção para pormenores insignificantes. Uma mente assim pode viver no obscuro de uma busca incessante de respostas, que acaba por privar da vivência física e das experiências momentâneas da vida.
Temos que querer conhecer até onde podemos, sem exigirmos demasiado das nossas capacidades enquanto seres humanos.
No entanto, por vezes, são esses pormenores e essas respostas que muitos não buscam, que criam, para uns poucos, a genialidade, como acontece com Fernando Pessoa. Pessoa sobrepôs aquilo que ele era enquanto criador artístico sobre aquilo que ele era enquanto ser humano e isso impedia-o de ser conscientemente inconsciente, de separar a razão das emoções.
Assim, na minha opinião, a felicidade que deriva da inconsciência, apesar de ser muito tentadora, deve ser acompanhada pelo exercício mental, pela lucidez, por um “querer saber”.
Deve haver um equilíbrio, um pouco do “gato”, que é inconsciente e feliz, juntamente com a racionalidade, que nos permite pensar e nos desenvolve face aos outros seres vivos.
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