sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Por Mónica e Márcia (10º Lav)
Talvez...

Talvez seja a sorte

Que faz o mundo andar,
Talvez sejam as escolhas
Que temos de tomar…

O sonho comanda a vida
Se nos atrevermos a sonhar
Procurando na felicidade
Uma janela para voar

A nossa história é tão curta
Porquê desperdiçá-la
Com palavras sem sentido
Quando o mais fácil é amar
Por Raquel Ferreira

O Amor

O amor não se descreve, sente-se...

Não é apenas um sentimento,
É sentir-me completa por alguns segundos,
E totalmente vazia segundos depois,
Ser-se alguém e, pouco depois, não se saber quem se é,
É esperar uma carta,
Uma mensagem,
Um telefonema,
Um carinho,
Um abraço,
Um sorriso,
Um beijo,
É esperar a presença de quem se ama...
Conto cada segundo, desesperada, sem ti,
E, quando chegas, nada mais importa,
O tempo pára,
Não existe ninguém à minha volta a não seres tu
Não vejo ninguém,
Não oiço ninguém,
Nada mais importa, só tu.
O meu amor é imenso...
E, se não me quiseres mais, avisa-me
Que eu vou-me embora e só peço que te lembres que sempre te amei.
Por Marta Jorge

Retrato


Nasceu no dia 19 de Junho de 1995, pelas 12h40, na maternidade Alfredo da Costa, com 3.800 kg e 51 centímetros.Conheci-a apenas com dois anos de idade e desde logo percebi que iria arranjar ali uma amiga para toda a vida.

Agora, com quinze anos, é uma rapariga de estatura média, magra e bronzeada. Aliás, basta ir um dia à praia e fica logo preta. Os seus cabelos encaracolados fazem lembrar as ondas do mar e os seus olhos são grandes e expressivos pois transmitem todos os seus sentimentos: quando está alegre, eles brilham, quando está triste, deitam pequenas lágrimas.

Os anos foram passando e veio-se a revelar uma rapariga reguila, extrovertida, divertida, capaz de animar qualquer pessoa. Quando está mal disposta, o melhor é não lhe dirigirem a palavra, pois habilitam-se a levar uma má resposta. É uma pessoa autoritária e tímida no que toca a assuntos sensíveis, e, por vezes, tem vergonha de mostrar os seus próprios sentimentos.

É uma pessoa cinco estrelas! Sei que tem muitos defeitos, mas tem também muitas qualidades. Vai ser uma das pessoas de quem vou guardar uma bonita recordação, vai estar sempre com muito carinho e saudade no meu coração.

Por Raquel Ferreira (10º PTAI)

Meu Bem e Meu Mal

És o meu bem por me fazeres sentir assim...

Por me fazeres sentir mais eu,
Por me fazeres sentir apaixonada,
Por me fazeres sorrir quando estou triste,
Por me fazeres sonhar acordada,
Por estares aqui e me enxugares as lágrimas,
Por me dares um carinho, um abraço, um beijo,
Por seres o meu porto de abrigo,
Por me fazeres acreditar no amor,
Por me fazeres acreditar que te tenho comigo,
Mas és o meu mal porque sei que me falta o teu amor...
Porque me deixas confusa,
Porque me deixas insegura,
Porque muitas vezes me deixas instável,
Porque muitas vezes me deixas caminhar sem direcção,
Porque não estás quando mais preciso,
Porque muitas vezes sem o saberes me deixas a chorar,
Porque te quero e não te tenho,
Por isso és meu bem quando me fazes sentir mais eu,
Mas meu mal quando me fazes sentir mais só,
como se a vida não fizesse sentido.
Só a tua amizade importa
Pois sei que por agora o teu amor é uma ilusão.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Olá companheiros/as de leitura!
Estamos de regresso para mais um ano de intensas e fantásticas leituras e queremos dar-vos as boas-vindas a este espaço de partilha.
Contamos com a vossa participação! Enviem-nos as vossas impressões de leitura através do e-mail fortealer@gmail.com para que possam ser postadas no nosso blogue.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Por Diogo(10º Lav)

A Origem do Natal

No Natal, quase todas as religiões que se dizem cristãs comemoram o nascimento de Jesus Cristo. No entanto, não há evidências de que os discípulos de Jesus comemorassem esse dia. O livro “Origens Sagradas de Coisas Profundas” diz: “Por dois séculos após o nascimento de Cristo, ninguém sabia, e poucos se importavam em saber, exactamente quando ele nasceu.”
Mesmo que os seus discípulos soubessem a data do seu nascimento, eles não a iriam celebrar. A enciclopédia World Book diz que os primeiros cristãos “consideravam um costume pagão celebrar a data de nascimento de qualquer pessoa”.
Só centenas de anos depois de Jesus ter vivido na Terra, é que as pessoas começaram a celebrar o seu nascimento no dia 25 de Dezembro. Mas essa não era a data do nascimento de Jesus. Então por que foi escolhido 25 de Dezembro? Alguns cristãos provavelmente "queriam que a data coincidisse com a festa romana pagã que marcava o ‘nascimento do Sol invicto'".
Um jornal católico do Vaticano, o “L’Osservatore Romano”, disse: “A verdadeira data do nascimento de Jesus, do ponto de vista histórico, está encoberta sob um manto de incerteza no que diz respeito à história romana, ao censo imperial daquele tempo e às pesquisas realizadas nos séculos posteriores. . . . A data de 25 de Dezembro, como bem se sabe, foi escolhida pela Igreja de Roma no quarto século. Na Roma pagã, essa data era dedicada ao deus-sol . . . Embora o cristianismo já tivesse sido reconhecido em Roma por meio de um Decreto de Constantino, o mito do . . . deus-sol ainda era bem difundido, em especial entre os soldados. As já mencionadas festividades, centralizadas em 25 de dezembro, estavam profundamente arraigadas na tradição popular. Isso deu à Igreja de Roma a ideia de conferir a esse dia um significado religioso cristão, substituindo o deus-sol pelo verdadeiro Sol da Justiça, Jesus Cristo. Essa data foi então escolhida para comemorar o seu nascimento.”
Assim, aquele dia foi adoptado pelo governador romano Constantino, no terceiro século, para agradar aos judeus e aos romanos pagãos.
Além disso, os relatos bíblicos acerca do nascimento de Jesus, que omitem qualquer data, relatam que, no dia do seu nascimento, os pastores guardavam os rebanhos ao ar livre, o que é impensável acontecer nesta época do ano, pois naquela região neva e as temperaturas baixam a poucos graus. Esta prática de manter os rebanhos nos campos era comum no Verão, e não no Inverno.
É por estas razões que, para mim, o Natal é um dia frio como todos os outros do Inverno. Aproveito as férias para descansar, enrolado num cobertor, a apreciar um bom chocolate quente e a sentir o cheiro da lareira acesa na companhia da família. Não programo dias especiais para dar ou receber prendas, pois aprecio prendas dadas espontaneamente de coração. Nesta altura do ano, umas vezes fazemos pães com chouriço ou bolos em família, outras vezes visitamos amigos do Norte, onde a neve cai do céu sem parar.
Por Márcia Espiguinha (10º Lav)

Finalmente, Natal

Ao ver-te assim, recordo-me dos tempos que passei contigo. Já fui bom, carinhoso, atencioso, mas também rude, violento e arrependo-me de tudo o que eu te fiz de mal pois és tu a minha melhor amiga, aquela que teve a generosidade de me abraçar nos maus momentos. Amo-te, avó.

A minha primeira recordação é a do primeiro natal em que me senti sozinho. Triste natal, triste som dos sinos silenciosos, triste cheiro a comida espalhada pela mesa, triste chama de um vela sem vida, tristes lágrimas que caíram e ainda não pararam. Nenhuma criança deve passar pelo que eu passei, tu sabes. Tempos difíceis para ambos. Lembro-me de ser pequeno e estar sentado no sofá velho dentro de um sala que parecia não ter fim, assistindo às notícias de um trágico acidente em que o único sobrevivente foi um rapaz de 6 anos. Esse rapaz… era eu. Apagaste a televisão, sentaste-te ao meu lado e abraçaste-me. Nessa altura não consegui sentir e comecei a construir uma solidão que durou anos. Depois fui salvo por ti. Adoro-te, avó.

Momentos passaram e eu continuava sem te ver, sem perceber quem tu eras realmente para mim. A adolescência foi a época mais marcante. Era jovem, estúpido e frio. Escondia-me por detrás da droga e do álcool. Tentaste tirar-me desse caminho e eu corria, corria sempre, fugindo de ti. “Não és minha mãe, não mandas em mim”, gritava eu. A solidão era sempre maior e as lágrimas cada vez mas longas e dolorosas. Esse natal não foi como os outros. Faltei ao jantar, aparecendo, já noite longa, bêbado. E magoando-te. Queria matar-me, dizia. Como fui irresponsável! Agora tenho raiva de mim por te ter feito chorar. Lá bem no fundo, juro que não o queria. Frio o natal, frios os resto de comida, fria a vela sem chama, frio o meu coração. Perdoa-me, avó.

Ainda me lembro daquele dia em que senti e reconheci o teu amor. Viste-me com a faca na mão, chorando. Gritaste. Um grito intenso e cheio de dor que fez com que eu a deixasse cair, caindo eu também no teu abraço. Abraço esse, cheio de calor, que soube, finalmente, derreter a minha solidão. Chorei durante horas nesse teu colo, relembrando toda a minha vida passada e tudo o que fiz. Tenho mil palavras para descrever esse momento, sabendo que afinal não estava sozinho e que te tinha ao pé de mim. Feliz natal que passei contigo, feliz som dos sinos e dos cânticos do coro, feliz chamas de mil velas quentes. Obrigado, avó.

Neste momento, sou eu que te abraço pois não tens força para o fazer. Sou eu que passo o meu calor para o teu rosto já frio. Sei que estás contente por mim e pelo homem-menino em que me tornei. As lágrimas caem outra vez. Não quero que morras, quero que fiques comigo para sempre, quero sentir o teu abraço mais uma vez. Saudade desse natal, saudade dos sons familiares da nossa vida, saudade de uma vela que possa aquecer-te, saudade de ti. Amo-te, avó.