terça-feira, 22 de novembro de 2011


Finalmente, o reencontro!
Estamos certas de que fizeram leituras fantásticas que desejam partilhar com a comunidade!
Desejamos um ano cheio de boas experiências e vivências, nomeadamente literárias!!!
Abraços

terça-feira, 14 de junho de 2011

Por Diogo Mosteias - 10º Act 

“… é na adversidade que melhor nos conhecemos. “



Nós conhecemo-nos como conhecemos a palma da nossa mão e achamos que já sabemos tudo sobre ela. Todas as suas curvas, todas as marcas, todos os caprichos e maneira de ser.

Quando somos pequenos descobrimos as mãos, por volta da mesma altura em que começamos a conhecer-nos. Entretanto a palma da nossa mão cresce e define-se com as suas marcas e feitios e também a nós nos acontece isso.

Até que um dia caímos e ferimo-nos na mão. A palma da mão ganha uma nova marca e nós também somos marcados com essa queda… A mão leva tempo a cicatrizar e descobre uma nova força, a regeneração, força essa que ela não conhecia. Assim é connosco. Quando a nossa vida dá um tombo, tendemos a pensar que é o fim, que não existe mais nada para além da dor, mas, tal como aconteceu com a palma da mão, descobrimos uma força selada bem no fundo de nós e conseguimo-nos levantar e recuperar o sentido da vida, aparentemente perdido na queda.

E assim continuamos a viver, com várias quedas e a libertarmos a força que está bem dentro de nós, vezes sem conta, assim como a mão se regenera vezes sem conta.

Cada vez que nos magoamos, conhecemos melhor a palma da nossa mão, porque a levamos ao limite outra vez e é só no limite que a verdadeira personalidade de alguém vem ao de cima.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Por Mariana Lamas, 10º Lav

Violência no Namoro




A Joana chega à escola com nódoas negras, o Pedro não sai com os amigos, a Camila já esteve no hospital e a Rita todas as semanas ‘cai das escadas’… Estes são apenas alguns dos ferimentos que acontecem em vários namoros.

A conhecida expressão “Quantos mais me bates, mais eu gosto de ti”, será uma realidade? Penso que não. Infelizmente, na maioria dos casos, o namorado(a) agredido(a) tende a desculpar o seu parceiro devido à mentalidade de ‘quem ama, perdoa’ ou, então, à necessidade de querer e precisar de alguém a seu lado, ao medo da solidão… Mas, não devemos nós ter, em primeiro lugar, amor a nós próprios?! Numa situação destas devemos suportar a dor em nós provocada, física e psicologicamente? Não me parece! Por mais que gostemos de alguém, não podemos deixar que nos magoe desta forma. Se a situação já é má, então pior não ficará. Violência não é amor!

Em muitos casos de adolescentes, a violência é um meio muito recorrente para se conseguir o que se quer ou para se assumir o poder e assim controlar o parceiro. O ciúme é, habitualmente, uma das causas de violência praticada pelo rapaz em relação à sua parceira, vendo-a como um objecto que lhe pertence e, como tal, não quer partilhar com ninguém. Não é correcto nem justo fazermos alguém, seja namorado, familiar, amigo ou até mesmo um desconhecido, sentir-se inferior.

Digamos basta a isto e sejamos humanos!
Por Raquel Ascenso, 10º Lav

O Poder do entusiasmo


Caído do Céu

Por vezes surge de repente, por vezes chega de fininho… Até há uns tempos não lhe conhecia o nome nem a razão por que razão existia.

Um dia, fez-me uma surpresa e veio fazer-me uma visita. Quando apareceu, não ficou por muito tempo, simplesmente despertou em mim uma tristeza notável quando partiu. Esperei que se anunciasse mas foi em vão. Então ganhei coragem e procurei o seu nome. Era muito alegre e espontâneo, e dava-se a conhecer por … entusiasmo.

Fiquei radiante, fiquei feliz, com um sorriso na cara e, subitamente, com uma enorme vontade de o guardar comigo. O seu poder fascinava-me e estaria a mentir se dissesse que me é indiferente pois a sua força dominou-me e, num ápice, ups, estava rendida. Na verdade, é tão bom quando volta.

Eu mudo, mudo por ele, faz-me querer ultrapassar tudo o que me assusta, tudo o que por pura preguiça me recuso a fazer, é de facto algo genial, mas, ao mesmo tempo, indescritível e inexplicável.

Para alguns é simples e fácil, até mesmo banal, para mim, é raro, difícil e importante.

Ele é ele e só ele. Eu sou eu mas sem ele não sou ninguém.

É preciso descobrir aquilo que nos faz sorrir, por vezes até está à nossa frente, mas passa por nós sem quase o sentirmos.

Ai, mas para nos fazer rir de vontade, ele faz-nos falta, ele tem aquele poder, um poder que é só seu, o poder do entusiasmo.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Por Catarina, 10º Glh


Talvez não passemos de animais


Suponho que toda a gente saiba que existe violência no reino animal, dentro da mesma espécie, entre macho e fêmea. Mas parece-me que o mesmo sucede no mundo humano, afinal o Homem também  é um animal e a violência faz parte de si, o pior é que o faz de forma racional. E, como tal, também há uma parte psicológica nisto a que se chama de “violência no namoro”.
No nosso caso, o género dominante também é o masculino. Talvez sintam a necessidade de se provarem como “homens” e “vestir as calças”. Controlo esse que pode começar com um simples “muda de roupa, essa é muito provocante”, até chegar a umas quantas nódoas negras, físicas ou psicológicas, na vítima. Depois, claro, talvez se arrependam, ou talvez apenas queiram continuar a sua obsessão e desculpam-se com palavras que aparentemente lhes parecem lógicas: “É só para teu bem.”, “Sabes que o faço porque te amo.”, “Se te comportares não volta a acontecer.”. Talvez quem esteja a sofrer se sinta confusa ou assustada e deixe andar até poder chegar a casos em que essa cobardia (digo eu) leva à morte.
Mas não querendo discriminar, claro que também acontece o mesmo, embora em muito menor número, em casos em que é o homem que sofre. Voltando à natureza, é o que acontece com o louva-a-deus macho que chega a ser comido pela sua parceira.
Sinto que tenho de abusar da palavra “talvez”, pois não sei realmente o que passa pela cabeça de ambas as partes e não quero parecer demasiado segura a falar de algo que acabo por não saber como é verdadeiramente.
Parece que, no fim, caminharmos em duas ou quatro pernas não nos distingue assim tanto.

Por Gonçalo Bustorff, 10º Act

A vida



A vida é como uma feira popular... existem coisas de que se gosta e coisas de que não se gosta, existem perigos e existem abrigos, existem diversões e até medos mas existem, principalmente, desafios…
 Quando entramos numa feira popular temos a parte dos doces, das barracas dos comes e bebes e dos jogos e então sentimo-nos perdidos sem saber o que comer, o que beber ou até que jogo jogar. É tal e qual a nossa infância onde não existem preocupações e a única coisa que nos interessa é divertirmo-nos, não importa o resto. Queremos comer sempre de tudo e ter sempre aquela bebida que adoramos, que nos deixa com os bigodes brancos.

Depois vem a parte das atracções, onde já é preciso um pouco de responsabilidade para saber onde e no que gastar o dinheiro, mas ignoramos um bocado isso e o que mais queremos é ir ver aquilo, andar no outro e divertirmo-nos ao máximo no que for mais perigoso, o que relembra a nossa juventude onde não nos preocupamos com as responsabilidades, queremos fazer tudo sem preocupações ou restrições. Fazemos tudo como se o mundo acabasse no final do dia, queremos liberdade e diversão e é assim até que escolhemos uma das atracções, aquela que chama sempre a atenção, é a famosa adolescência, com os seus altos e baixos, a alta velocidade que ou nos deixa muito felizes ou muito tristes, ou nos deixa com força e confiança ou manda-nos abaixo. Tudo isso faz-nos crescer mas custa, porque depois de comer tanto e de termos tudo facilitado agora é connosco próprios que contamos, com a nossa força… A verdade é que, depois daquela comida toda na barriga, é difícil não deitar nada cá para fora, é difícil controlar o sofrimento, mas, perto do fim, temos os loopings que nos deixam completamente sem noção de como ou onde estamos e quando aquela volta acaba temos vontade de dar outra mas não podemos.

Queremos experimentar outras coisas e aí define-se a nossa entrada nos vinte, o começo das reflexões e das saudades, da vontade de experimentar coisas novas e para isso temos de contar bem o dinheiro da carteira e fazer as contas para saber em qual diversão podemos andar e qual nos irá dar maior prazer ou satisfação. Vamos andar nos carros de choque onde entramos em confronto com os outros, fugimos e perseguimos, mas sempre acompanhados. Vamos andar no canguru onde subimos lentamente ao ponto mais alto e depois temos uma queda acentuada muito rápida, que nos faz abrir os olhos e pensar “chega!”, temos de definir o futuro, temos de escolher o melhor para nós!

 Com trinta anos e ainda ingénuos, vamos à casa assombrada. Um susto aqui, um grito ali, um casamento acolá e, perto da saída, acontece o maior susto, mas o que mais nos deixa felizes e determinados a fazer a melhor escolha, temos de conseguir amenizar o susto e fazer com que aquele susto tenha o melhor, assim como nós tivemos e desejámos, e aí escolhemos dar uma volta na diversão mais barata e tranquila onde damos voltas e voltas sempre sorridentes e felizes: é o carrossel dos quarenta e cinquenta, aqueles anos constantes onde já não há novidade em nós próprios, só naquele filho que cresceu e que agora é a vez dele de passar pelo que passámos mas não queremos que ele passe pela montanha russa onde nós andámos, não queremos que faça o que fizemos, queremos que defina logo de início o que fazer sem passar por aquelas experiências que nos fizeram perceber o que é a vida.

É assim que são as voltas no carrossel, até que acaba e temos de sair já com os sessenta. É a nossa vez de ver aquele susto a dar as voltas dele no carrossel e assim o libertamos. Enquanto saímos lentamente da feira, cada vez mais cansados, vamos relembrando o que fizemos e o que não fizemos, o que gostaríamos que tivesse sido diferente, até que chegamos ao fim e dizemos adeus àquilo que foi a única coisa que tivemos mesmo nosso, aquilo que ninguém nos podia tirar e dependeu de nós. Aquela foi a nossa vida, passou tão depressa, mas saímos de lá felizes, sem arrependimentos e sabemos que escolhemos o que queríamos…

Agora é deitar e deixar que os próximos façam o melhor para eles que eu já gastei tudo o que tinha…
Por Caroline Barbosa, 10º Glh


É preciso saber Amar

Amor. O sentimento que os Grandes Pensadores tentaram e toda a gente tenta definir, porém, o sentimento mais indefinido de sempre. A complexidade do Amor é tal, que cada vez  se torna mais difícil compreender o dito cujo.  Que sentimento é esse que inspira canções e poemas, e, ao mesmo tempo, brigas e guerras?
A Bíblia, assim com o Amor, causa muita polémica. Na primeira epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo de Tarso diz que o Amor “ não é ciumento”, “ não é egoísta “ e “ tudo suporta“.

Ora, ciúmes e egoísmo são dois dos sentimentos que, para mim, compõem a grande e longa estrada que separa o Amor da obsessão.

Hoje em dia, os adolescentes inserem-se, voluntária e involuntariamente, neste mundo indefinido e cheio de complexidades, o Mundo do Amor. Alguns têm muita dificuldade em entrar neste mundo. Outros têm uma enorme facilidade em entrar, outros, em entrar e em sair. Hoje, o mais preocupante nem é os estereótipos anteriormente referidos, mas sim aqueles que têm dificuldade em sair do Mundo deste tal Amor.
 
É preciso saber amar. É preciso retirar a negatividade que algumas pessoas implantaram no Amor, que, ao fim e ao cabo, não o é, se contiver sofrimento que poderia ser evitado. É preciso saber distinguir obsessão e agressão de colapsos hormonais banais. É preciso ter sensibilidade para diferenciar uma leve brisa de um início de tempestade, porque, às vezes, sair de uma tempestade implica muito mais que vontade própria, implica sabedoria e, na maior parte das vezes, trabalho colectivo.

Amar é uma arte executada por dois artistas, que necessitam estar em excelente harmonia, pois ambos necessitam cooperar de modo a produzir exuberâncias.

O verbo “suportar”, no Amor, não se pode encontrar nunca na primeira pessoa do singular, senão o mesmo torna-se em nada mais, nada menos, do que carência.
 
A verdade não me pertence, mas não será o Amor aquela leve brisa que nos envolve e ajuda a suportar o calor do sol na nossa grande caminhada na estrada da Felicidade?

quinta-feira, 31 de março de 2011

Por Cátia Lopes (10º Glh)
Por Catarina e Beatriz (10º A)


Há palavras que nos magoam

Como se fossem um punhal.

Palavras de ódio e rancor

Que acabam por nos deixar mal.



Palavras cruas,

Que nos fazem verter lágrimas.

Palavras nuas,

Que nos cegam com ilusões.



Palavras de amizade,

Que o vento leva, mas

Não destrói,

Palavras de conforto, carinho, lealdade.



Palavras de valor

que nunca são demais em qualquer idade.

Palavras de amor

Que nos fazem virar a página.



Palavras inesperadas

Que nos fazem sorrir e sonhar.

Palavras de quem nos ama,

De quem nos faz apaixonar!
Por Márcia Maciel e Ana Sofia (10º L)

Cão


Cão calmo, cão dorminhoco,

cão alto de pêlo chocolate,

nervoso, pachorrento,

cão companheiro, cão atento.

Cão que sabe nadar,

cão estudante,

que gosta de ler,

cão de "fones" nas orelhas,

cão de antenas no ar,

sempre de bom ouvido,

concentrado em assuntos secundários,

cão com "feeling",

cão avançado nas tecnologias.

Cão bem arranjado,

de azul e preto trajado.

Cão com vista tremida,

de óculos na ponta do nariz,

essenciais no seu dia a dia.

Cão de unhas pintadas,

cão de descontraída poesia,

cão-guloso de apetite sem fim,

cão de vontade bem perceptível,

cão bastante ocioso,

e totalmente cheiroso,

cão de pura ciência, feito com muito amor,

cão de transparentes-puros sentimentos,

cão de olhos com graciosidade,

cão de raiva à flor da pele…


Vamos, cão, despede-te deste poema!
Por Kleidy e Mariana L. (10º L)

Os nadas da vida


A vida é feita de pequenas coisas,

De um raio de sol pela manhã

De um simples mastigar de uma pastilha

De uma aragem fresca pela cara

De um modesto olhar,

inesperado.

Do convívio com os amigos

Da euforia de uma boa gargalhada,

Do som de um passeio

Pela floresta,

Da harmonia e felicidade de chegar a casa,

Do simples gesto

De uma mensagem de boa noite

Como os pais dão as boas noites aos filhos.
Por Sónia e Ana Margarida (10º L)


Enquanto houver um homem caído de bruços no passeio,

E ninguém que o queira levantar,

Então a guerra

Nunca irá acabar.



Se a inveja continuar

E a amizade não vencer,

Então, no fim, vamos todos

Acabar por perder.



A guerra que existe

Não nos vai ajudar,

A uma vida melhor ter

Nem aos filhos criar.



Tanto sangue no chão

Sem história para contar

Tanta família destroçada

Ao vê-lo derramar.

O sonho de um paraíso

Todos podemos sonhar,

E esperar que a guerra

Um dia possa acabar.

Cada lágrima de uma mãe,

Tanta dor pode causar

Mas a perda de um filho

Não dá para imaginar.



O que a guerra destrói

Só Deus consegue imaginar

Porque o ser humano

Só se preocupa em estragar.



A natureza chora,

O sol já não quer brilhar,

A água das nascentes

Já está a querer secar.



Um dia eu desejo,

Que a guerra possa terminar,

E todos juntos possamos

Em liberdade, passear.



Se cada pessoa

Ajudar quem precisa,

E deixar ficar para trás

A ganância e a cobiça,

Já está a melhorar.

Depois o sol vai voltar

De novo a querer brilhar.

Um dia, aquele homem

Que estava caído

De bruços no passeio,

Vai-se levantar

Com a ajuda do povo

Que o vai ajudar.
Por Carina e Anastasia (10º G)


Pelo sonho caminhamos,


na nossa mente voamos.

Cumprimos? Não cumprimos?

Há desejos inacabados.

Pelo sonho caminhamos.

Vamos acreditar.

Vamos conquistar,

o que talvez seja difícil de alcançar.

Vamos descobrir

um mundo que nunca vimos,

mas que iremos conhecer

espalhando por ele alegria.

Cumprimos? Não cumprimos?

Partida. Largada. Fugida
Por Andreia e Catarina (10º L)


Quatro coisas são precisas

Lutar, Amar, Magoar e Perdoar.

O Amor é uma luta, uma amargura, um perdão

Mas neste momento só uma recordação,

Uma rosa quebrada num mar cheio de ódio e mágoa.

Agora só me resta esta memória perdida.

Batalho intensamente para a encontrar,

Foi esta lembrança que me fez sonhar.

Acreditarei nesta alma perdida ,sem coração,

Pois nela transporto toda a minha emoção,

Todo o meu ódio, a minha glória, a minha raiva,

A minha ganância, a minha palavra, o meu amor, o meu eu...

E assim, por meros enganos e ilusões,

Vem o perdoar, que nunca esquece,

Criando expectativas e motivações

Para um adeus breve que sempre prevalece.
Por Ana Filipa e Rita P. (10º G)

O vento nada me diz


Sobre o que quero saber

O vento nada me diz.

O que no mundo acontece,

Isso eu nunca quis.

Haverá guerra?

Haverá mais amor?

Será que a vida é curta?

Será que se acabará com a dor?

Apenas existe uma resposta,

O tormento do silêncio

Que paira sobre as almas do povo

E procria a dor!

Tudo o que quis saber

Nem o povo me diz



Alguma vez haverá solução?

Isso? O vento nada me diz!
Por Sofia e Joana Lopes (10º A)

O Frio





O frio é uma sensação na pele.

Em Dezembro é o esperado mês

que faz com que o nosso coração gele

de um sopro repentino de memórias

de natais passados em família

num refúgio de amor e união

onde nos sentimos bem e felizes

com quem amamos e somos amados.



Neste mês de alegria e frio,

existe um dia maravilhoso,

onde damos e recebemos muito.

Deixar que o frio entre lembra-nos

sensações que em Dezembro sentimos

como o respeito para com os outros.

O Natal será apenas uma época,

ou será a melhor de todas elas?
Por Joana Videira e Inês Costa (10º G)

Primeira vez


Quando te vi pela primeira vez


Parei, como se alguém estivesse a

Apertar o meu coração e não o largasse.

Ainda hoje o sinto.



Sinto uma melodia

Ao ver-te, como se o meu

Mundo subitamente mudasse.



Questiono o facto

Do mundo ser sempre igual,

No entanto, quando estou contigo,

Tudo parece novo e diferente .



Mesmo que tente evitar-te

Não consigo encontrar

Onde me esconder

Desses teus olhos penetrantes.

Sou teu prisioneiro, tu és quem

Eu nunca vou esquecer.



Aquelas histórias de amor que vivemos,


Aqueles olhares trocados,

Aqueles sítios escondidos,

Aqueles tempos em que tudo parecia perfeito,

Será que o tempo os levou?



Depois, quando penso que o meu coração já foi rasgado até ao último pedaço,

Que o mundo nada mais é que a repetição de histórias já acontecidas,



Decido partir.



Tu vens até mim e sussurras que me amas,

E eu, mesmo sabendo tudo o que somos, o que éramos e o que um dia sonháramos ser,

Fico.
Por Filipe, Fábio F. e Fábio L. (10º G)

Cartas de Amor


De que valem as palavras

Quando o que conta é a intenção?


Estas jamais traduzem um sentimento 

Com a maior exactidão.


Por maior amor que a carta declare 

Jamais o papel fala em vez da língua,

Nem nada que se compare.


E o envelope fecha, e remete o envergonhado rosto

Pois não há amor melhor declarado

Que o dos lábios declarando um gosto.



E a carta

Não tem por obrigação

Levar a resposta ao remetente.

É maior a inocência de quem espera

Do quem dá um beijo inocente.


E o rascunho do papel amarrotado


Fecha-se e guarda-se na gaveta

Como um coração

Amargurado.



E apesar

Do ditado assim dizer

"Quem espera sempre alcança"

A carta de amor somente reflecte

Uma ligeira imagem

De esperança.



Sei que é ridículo

Mas continuo a escrever

Simples cartas de amor

Para o meu amor ler.
Por Sara e Victória (10º G)

Caminho


«Vem por este caminho» - dizem-me bocas com intenções fortes,


Sorrindo com um malicioso brilho e certas

De que eu as devia seguir fosse no que fosse.

Quando me dizem: «vem por este caminho!»

Eu fito-as com o olhar e reparo em cada traço

Que faço, cada passo.

Não esperem por abraços,

Já decidi, não vou por aí.



Minha competência ninguém testa,

Sou dono da minha verdade,

E dos outros tenho certo desdém.

Sem vontade, vivo com a mesma maldade

De quando nasci de outro alguém.



Não sigo por aí! Sigo pela minha ponte,

Onde me guio pelos meus instintos.



Ninguém é capaz de me dar uma fonte,

Apenas dizem «vem por este caminho».

Mas eu só quero andar por lugares estreitos,

E gritar pelos ventos,


Que não quero ser sargento!

Eu quero seguir por mim.

Cheguei aqui

Só para descobrir novas margens,

E sentir terra nunca antes colonizada!

Para além disso, a minha vida é pouco valorizada.



São vocês, após seguir-vos,

Que me dão coragem para que avance

Para atingir o que pretendo?

Eu quero que me deixem a sós

Vocês abominam o difícil!

Eu desejo o que está fora do alcance,

Adoro aquilo que é desconhecido.



Vão pelas cantigas embaladas,

Pelo fácil e certeiro,

Têm Nações, lugares de facto,

Seguindo leis, etiquetas e ensinamentos duradouros.

Eu cá tenho a minha loucura!

E mesmo à noite ela perdura,

Saindo por todos os meus poros...

Sou guiado pelo mal e pelo bem,


Diferença toda a gente a tem,

Mas eu sou daqueles que não vou pela experiência,

Nasci assim e tenho consciência.



Oh! Que ninguém tenha pena das minha decisões!

Ninguém me peça explicações!

Estou farto que me digam: «vem por este caminho».

Ando nesta vida sem saber quem sou

Agora que esta questão recomeçou,

Meu ânimo voltou...

Eu não sei onde estou,

Nem sei para onde vou,

Só sei que não irei por esse caminho!
Por Caroline e Inês (10º G)


Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?

Amor infinito, amor de mãe

Nunca pára, nunca cessa,

mesmo quando a angústia o atravessa.

É fortaleza inatingível,

incapaz de fraquejar,

Tem virtude fluída no olhar

que nem mesmo o tempo

É hábil para moderar.

Transparente exortação,

Distinta sabedoria,

excelente na opinião,

orientada pelo coração.

A vida muitas vezes é extinta

com absoluta rapidez

e a morte leva parte de nós

sem contarmos com a sua vez.

Mãe não tem princípio nem fim

não tem fronteiras,

porque o amor quis assim.

Pudera eu dispor um mandamento:

" Mãe é para guardarmos

para sempre dentro do peito,

um lugar para avivarmos,

o sentimento digno de respeito. "

Porque Mãe, assim como Deus, é Amor.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por Cátia Lopes, Ana Micaela e Rita (10º G)
Amor
Ai que tentação
Não poder tocar no seu coração,
Ver as suas pegadas no chão...
Persegui-lo-ei ou não?
Ler nos seus lábios,
Tais versos sábios,
Envoltos de ternura
Num tom suave.
Porquê sentir tamanha dor,
Onde era suposto morar amor?
Uma ferida aberta é o que existe,
Nesta vida fria e sem cor.
É triste!
Saudade do seu cheiro hipnotizante,
Do olhar penetrante.
Feições de pureza.
Dito com certeza
Que amor verdadeiro não se consegue vergar.
Estarei a sonhar?
Não vale a pena lutar quando não se conhece a vitória,
Pois, entre nossos mundos, não existirá uma história.
Que a sorte venha com uma nova maré,
Que ajude o meu ser a manter-se de pé.
Não havera espaço para novos amores,
Nem para guardar velhos rancores
Daquela tal perfeição que um dia me fez chorar.
O amor é estranho, não é?
Por João e Luís Rafael (10º A)

Esperança

Esperança?
Esperança é não ser mas acreditar,
Saber que é possível
quando não é.
Será que ainda existe
nestes tempos que correm
onde tudo parece
improvável,
onde tudo parece
Impossível?
Esperança?
Esperança não acaba.
Esperança não vem de lado nenhum,
Faz parte do Homem.
Esperança é algo por que lutamos até alcançarmos.
                               
 Por Joana Oliveira (10º A)

Diferente
                       
Não me acho superior,

Apenas não quero ser como vocês.
Não sou melhor,
Apenas sou diferente.

E agora julgem-me pelo que sou
Mas primeiro descubram o porqu

E digam que sou isto ou aquilo

Mas primeiro olhem para vocês.

Estou a viver o egoísmo,

A falsidade, a crueldade,

De que o mundo está cheio

Mas nada se compara à minha verdade.
E agora perguntem porque sou diferente

Apenas não sou como vocês

Sou o que sou,
Não sou o que vocês vêem.
Por Beatriz e Catarina (10ºA)


Palavras
Há palavras que nos magoam
Como se fossem um punhal.
Palavras de ódio e de rancor,
Que acabam por nos deixar mal.
Palavras cruas,
Que nos fazem verter lágrimas.
Palavras nuas,
Que nos cegam com ilusões.
Palavras de amizade,
Que o vento leva mas
Não destrói.
Palavras  de conforto,

Carinho, lealdade...
Palavras de valor que
Nunca são demais
Em qualquer idade.
Palavras de amor
Que nos fazem virar a página.
Palavras inesperadas
Que nos fazem sorrir e sonhar…
Palavras de quem nos ama,
De quem nos faz apaixonar!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Por Mónica e Márcia (10º Lav)
Talvez...

Talvez seja a sorte

Que faz o mundo andar,
Talvez sejam as escolhas
Que temos de tomar…

O sonho comanda a vida
Se nos atrevermos a sonhar
Procurando na felicidade
Uma janela para voar

A nossa história é tão curta
Porquê desperdiçá-la
Com palavras sem sentido
Quando o mais fácil é amar
Por Raquel Ferreira

O Amor

O amor não se descreve, sente-se...

Não é apenas um sentimento,
É sentir-me completa por alguns segundos,
E totalmente vazia segundos depois,
Ser-se alguém e, pouco depois, não se saber quem se é,
É esperar uma carta,
Uma mensagem,
Um telefonema,
Um carinho,
Um abraço,
Um sorriso,
Um beijo,
É esperar a presença de quem se ama...
Conto cada segundo, desesperada, sem ti,
E, quando chegas, nada mais importa,
O tempo pára,
Não existe ninguém à minha volta a não seres tu
Não vejo ninguém,
Não oiço ninguém,
Nada mais importa, só tu.
O meu amor é imenso...
E, se não me quiseres mais, avisa-me
Que eu vou-me embora e só peço que te lembres que sempre te amei.
Por Marta Jorge

Retrato


Nasceu no dia 19 de Junho de 1995, pelas 12h40, na maternidade Alfredo da Costa, com 3.800 kg e 51 centímetros.Conheci-a apenas com dois anos de idade e desde logo percebi que iria arranjar ali uma amiga para toda a vida.

Agora, com quinze anos, é uma rapariga de estatura média, magra e bronzeada. Aliás, basta ir um dia à praia e fica logo preta. Os seus cabelos encaracolados fazem lembrar as ondas do mar e os seus olhos são grandes e expressivos pois transmitem todos os seus sentimentos: quando está alegre, eles brilham, quando está triste, deitam pequenas lágrimas.

Os anos foram passando e veio-se a revelar uma rapariga reguila, extrovertida, divertida, capaz de animar qualquer pessoa. Quando está mal disposta, o melhor é não lhe dirigirem a palavra, pois habilitam-se a levar uma má resposta. É uma pessoa autoritária e tímida no que toca a assuntos sensíveis, e, por vezes, tem vergonha de mostrar os seus próprios sentimentos.

É uma pessoa cinco estrelas! Sei que tem muitos defeitos, mas tem também muitas qualidades. Vai ser uma das pessoas de quem vou guardar uma bonita recordação, vai estar sempre com muito carinho e saudade no meu coração.

Por Raquel Ferreira (10º PTAI)

Meu Bem e Meu Mal

És o meu bem por me fazeres sentir assim...

Por me fazeres sentir mais eu,
Por me fazeres sentir apaixonada,
Por me fazeres sorrir quando estou triste,
Por me fazeres sonhar acordada,
Por estares aqui e me enxugares as lágrimas,
Por me dares um carinho, um abraço, um beijo,
Por seres o meu porto de abrigo,
Por me fazeres acreditar no amor,
Por me fazeres acreditar que te tenho comigo,
Mas és o meu mal porque sei que me falta o teu amor...
Porque me deixas confusa,
Porque me deixas insegura,
Porque muitas vezes me deixas instável,
Porque muitas vezes me deixas caminhar sem direcção,
Porque não estás quando mais preciso,
Porque muitas vezes sem o saberes me deixas a chorar,
Porque te quero e não te tenho,
Por isso és meu bem quando me fazes sentir mais eu,
Mas meu mal quando me fazes sentir mais só,
como se a vida não fizesse sentido.
Só a tua amizade importa
Pois sei que por agora o teu amor é uma ilusão.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Olá companheiros/as de leitura!
Estamos de regresso para mais um ano de intensas e fantásticas leituras e queremos dar-vos as boas-vindas a este espaço de partilha.
Contamos com a vossa participação! Enviem-nos as vossas impressões de leitura através do e-mail fortealer@gmail.com para que possam ser postadas no nosso blogue.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Por Diogo(10º Lav)

A Origem do Natal

No Natal, quase todas as religiões que se dizem cristãs comemoram o nascimento de Jesus Cristo. No entanto, não há evidências de que os discípulos de Jesus comemorassem esse dia. O livro “Origens Sagradas de Coisas Profundas” diz: “Por dois séculos após o nascimento de Cristo, ninguém sabia, e poucos se importavam em saber, exactamente quando ele nasceu.”
Mesmo que os seus discípulos soubessem a data do seu nascimento, eles não a iriam celebrar. A enciclopédia World Book diz que os primeiros cristãos “consideravam um costume pagão celebrar a data de nascimento de qualquer pessoa”.
Só centenas de anos depois de Jesus ter vivido na Terra, é que as pessoas começaram a celebrar o seu nascimento no dia 25 de Dezembro. Mas essa não era a data do nascimento de Jesus. Então por que foi escolhido 25 de Dezembro? Alguns cristãos provavelmente "queriam que a data coincidisse com a festa romana pagã que marcava o ‘nascimento do Sol invicto'".
Um jornal católico do Vaticano, o “L’Osservatore Romano”, disse: “A verdadeira data do nascimento de Jesus, do ponto de vista histórico, está encoberta sob um manto de incerteza no que diz respeito à história romana, ao censo imperial daquele tempo e às pesquisas realizadas nos séculos posteriores. . . . A data de 25 de Dezembro, como bem se sabe, foi escolhida pela Igreja de Roma no quarto século. Na Roma pagã, essa data era dedicada ao deus-sol . . . Embora o cristianismo já tivesse sido reconhecido em Roma por meio de um Decreto de Constantino, o mito do . . . deus-sol ainda era bem difundido, em especial entre os soldados. As já mencionadas festividades, centralizadas em 25 de dezembro, estavam profundamente arraigadas na tradição popular. Isso deu à Igreja de Roma a ideia de conferir a esse dia um significado religioso cristão, substituindo o deus-sol pelo verdadeiro Sol da Justiça, Jesus Cristo. Essa data foi então escolhida para comemorar o seu nascimento.”
Assim, aquele dia foi adoptado pelo governador romano Constantino, no terceiro século, para agradar aos judeus e aos romanos pagãos.
Além disso, os relatos bíblicos acerca do nascimento de Jesus, que omitem qualquer data, relatam que, no dia do seu nascimento, os pastores guardavam os rebanhos ao ar livre, o que é impensável acontecer nesta época do ano, pois naquela região neva e as temperaturas baixam a poucos graus. Esta prática de manter os rebanhos nos campos era comum no Verão, e não no Inverno.
É por estas razões que, para mim, o Natal é um dia frio como todos os outros do Inverno. Aproveito as férias para descansar, enrolado num cobertor, a apreciar um bom chocolate quente e a sentir o cheiro da lareira acesa na companhia da família. Não programo dias especiais para dar ou receber prendas, pois aprecio prendas dadas espontaneamente de coração. Nesta altura do ano, umas vezes fazemos pães com chouriço ou bolos em família, outras vezes visitamos amigos do Norte, onde a neve cai do céu sem parar.
Por Márcia Espiguinha (10º Lav)

Finalmente, Natal

Ao ver-te assim, recordo-me dos tempos que passei contigo. Já fui bom, carinhoso, atencioso, mas também rude, violento e arrependo-me de tudo o que eu te fiz de mal pois és tu a minha melhor amiga, aquela que teve a generosidade de me abraçar nos maus momentos. Amo-te, avó.

A minha primeira recordação é a do primeiro natal em que me senti sozinho. Triste natal, triste som dos sinos silenciosos, triste cheiro a comida espalhada pela mesa, triste chama de um vela sem vida, tristes lágrimas que caíram e ainda não pararam. Nenhuma criança deve passar pelo que eu passei, tu sabes. Tempos difíceis para ambos. Lembro-me de ser pequeno e estar sentado no sofá velho dentro de um sala que parecia não ter fim, assistindo às notícias de um trágico acidente em que o único sobrevivente foi um rapaz de 6 anos. Esse rapaz… era eu. Apagaste a televisão, sentaste-te ao meu lado e abraçaste-me. Nessa altura não consegui sentir e comecei a construir uma solidão que durou anos. Depois fui salvo por ti. Adoro-te, avó.

Momentos passaram e eu continuava sem te ver, sem perceber quem tu eras realmente para mim. A adolescência foi a época mais marcante. Era jovem, estúpido e frio. Escondia-me por detrás da droga e do álcool. Tentaste tirar-me desse caminho e eu corria, corria sempre, fugindo de ti. “Não és minha mãe, não mandas em mim”, gritava eu. A solidão era sempre maior e as lágrimas cada vez mas longas e dolorosas. Esse natal não foi como os outros. Faltei ao jantar, aparecendo, já noite longa, bêbado. E magoando-te. Queria matar-me, dizia. Como fui irresponsável! Agora tenho raiva de mim por te ter feito chorar. Lá bem no fundo, juro que não o queria. Frio o natal, frios os resto de comida, fria a vela sem chama, frio o meu coração. Perdoa-me, avó.

Ainda me lembro daquele dia em que senti e reconheci o teu amor. Viste-me com a faca na mão, chorando. Gritaste. Um grito intenso e cheio de dor que fez com que eu a deixasse cair, caindo eu também no teu abraço. Abraço esse, cheio de calor, que soube, finalmente, derreter a minha solidão. Chorei durante horas nesse teu colo, relembrando toda a minha vida passada e tudo o que fiz. Tenho mil palavras para descrever esse momento, sabendo que afinal não estava sozinho e que te tinha ao pé de mim. Feliz natal que passei contigo, feliz som dos sinos e dos cânticos do coro, feliz chamas de mil velas quentes. Obrigado, avó.

Neste momento, sou eu que te abraço pois não tens força para o fazer. Sou eu que passo o meu calor para o teu rosto já frio. Sei que estás contente por mim e pelo homem-menino em que me tornei. As lágrimas caem outra vez. Não quero que morras, quero que fiques comigo para sempre, quero sentir o teu abraço mais uma vez. Saudade desse natal, saudade dos sons familiares da nossa vida, saudade de uma vela que possa aquecer-te, saudade de ti. Amo-te, avó.