domingo, 8 de novembro de 2009

A Dor de Pensar

Por João Gomes, 12º C

Lucidez e conhecimento apenas trazem infelicidade e a sensação de que tudo o que se sabe, e de que tudo o que se é, se reduz a nada, ao absurdo, torna-se inútil. Até porque nos permite adquirir a consciência necessária à percepção da infinitude do que nos rodeia e da insignificância que representamos. Quanto mais conscientes somos, mais próxima se torna a ideia que a felicidade ainda permanece bastante longe.
O facto de podermos ser regidos por “leis universais do instinto” traz-nos a possibilidade de sermos felizes, já que lhe está directamente associada a falta da consciência – a inconsciência. Se não temos consciência do que somos, nem de quem somos, como é possível “percebermos” que não somos nada?
Nunca chegarei perto das personagens ou dos heterónimos que Fernando Pessoa criou, nem da personalidade que Fernando Pessoa construiu, mas creio que já tenho consciência suficiente para perceber o que ele queria transmitir e para fazer um pedido: “ (Ingenuidade,) Inocência e Inconsciência, regressem.”

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