terça-feira, 1 de junho de 2010

Por Filipe Cardoso

Uma das grandes polémicas da actualidade passa por como e para o quê jovens como eu estamos a ser educados. Que as novas tecnologias e a “nova sociedade” fazem-nos muito menos sociáveis, com medo e incapacidade de criar relações próximas, sendo as relações baseadas em “Messengers”, “SMS’s” e E-mails. Entre muitas críticas que podem ser feitas à juventude que estamos a desenvolver, acho que a incapacidade de criar relações próximas não é, de todo, das mais correctas ou prioritárias a fazer.
O ser humano é um ser social. As relações sempre tiveram imensa importância para nós, e continuarão a ter. Não é por acaso que a solidão é das piores dores que se podem sentir. Isto é especialmente importante na infância/adolescência. Tal como antigamente, as pessoas estabelecem entre elas elos de ligação, amizades profundas. No filme “O Naufrago”, o personagem principal, preso numa ilha deserta, está tão desesperado por companhia que faz duma bola de Voleibol a sua amiga, tratando-a como uma pessoa normal, até a pintando como uma.
Outro ponto, as novas tecnologias. Ao contrário de muitas opiniões, eu acredito que o MSN, as SMS’s, e afins, abriram muitas portas no universo das relações pessoais. Muitas vezes, há pessoas com quem, em condições normais, é complicado criar uma relação próxima (existe muita distância entre elas, por exemplo). Apesar de, obviamente, não chegarem para laços muito profundos, as novas tecnologias dão a potencialidade de nos dedicarmos um pouco mais a pessoas a quem não o faríamos regularmente. Um exemplo, é a relação que tenho com um amigo que vive longe; conversamos imenso na Internet.
O estereótipo de que os jovens de hoje não criam amizades profundas não está correcto. As relações estão lá, como sempre estiveram e sempre estarão. Nesse aspecto não pioraremos.

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