domingo, 24 de janeiro de 2010

Sugestões de leitura - Diário de uma Nanny

Diário de uma Nanny

Tenho o prazer de vos apresentar esta grande obra: Diário de uma Nanny. Diário de uma Nanny é uma obra publicada em 2002 por duas autoras, desde então bastante conhecidas, Emma McLaughlin e Nicola Kraus.
Pessoalmente, adorei o livro. Cativou-me desde a primeira página até à última. Li-o em 3 dias. Foi saboroso e aliciante.
Devo dizer que já o tinha há bastante tempo, estava meio perdido na estante, e nunca fui suficientemente estimulada para o ler. Mas houve um dia que o encontrei e a capa chamou-me imenso à atenção. A minha impressão do livro talvez tivesse mudado por eu ter crescido.
E digo a capa porquê? Porque tem uma linda senhora de costas com um chapelinho que lhe serve de suporte para o seu suposto voo. Faz-nos lembrar aquelas fadas que vinham ajudar as criancinhas necessitadas com o seu chapéu. O chapéu é vermelho, num fundo branco, e a senhora está vestida de preto: de alguma forma, esta combinação de cores chama atenção ao leitor e faz lembrar o famoso filme “Música no coração”.
Logo que abro as primeiras páginas do livro, o tipo e o tamanho de letra satisfazem os meus requisitos para uma melhor leitura, mesmo que a história não me venha a interessar minimamente. Acho extremamente importante que um livro tenha uma boa apresentação tipográfica para não forçar os olhos do leitor, nem para o desinteressar (se estivermos a ler uma letra horrível, perdemos a vontade de forçar a vista a ler, mesmo que a história seja óptima).
Relativamente à história propriamente dita, um dos factos que me captou foi a história da família X. Esta história está tão bem conseguida que retrata na perfeição algumas famílias de hoje em dia, da nossa actualidade. Consegue fazer-nos pensar se existe mesmo este tipo de pessoas: aquelas que não querem saber dos filhos e não lhes dão a devida atenção e amor.
As autoras retratam esta situação de uma forma cómica e engraçada apesar de o que se está passar ser bastante sério e acho que é mesmo por isso que capta o nosso interesse.
Outro aspecto igualmente brilhante é a caracterização a personagem principal: a Nanny. Ela é retratada como sendo desajeitada, uma rapariga perdida no mundo da elite nova iorquina, tendo como objectivo ganhar dinheiro e dar aquilo que o Grayer não tem dos pais: atenção e amor.
Algumas leitoras, não estando eu incluída, podem, de alguma maneira, identificarem-se com esta jovem e isso é um aspecto bem conseguido pelas autoras.
Creio que também a forma como a Nanny lida com o mundo, estando sempre chateada, farta de tudo e de todos, não tendo vida própria, cria simpatia com a personagem e uma certa graça por ela parecer sempre tão queixosa.
A forma como escrevem as autoras, a linguagem que utilizam, é muito típica dos jovens de todo o mundo e, por isso, acho que o público alvo era mesmo os jovens adultos. E acrescento que este facto implica uma boa critica pois torna o livro bastante fácil de ler.
Encontro como única desvantagem o facto de ter imensos nomes de locais e pessoas em língua inglesa e situados na América. Para um português, isso consegue baralhar um pouco e torna-se difícil localizar na nossa mente os locais (a não ser que já os tivéssemos visitado).
Aconselho a leitura integral do livro e espero que saboreiem cada página!


Mafalda Viegas

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