Por Cátia Costa
Dos heterónimos de Fernando Pessoa que estudámos, o único com o qual me identifico mais é o Alberto Caeiro pois este tem algumas características que eu admiro, como, por exemplo: Caeiro via, através dos seus sentidos, a realidade e a vida de forma objectiva e natural, ou seja, aceitava a realidade tal como ela é, de forma tranquila, e não se questionava sobre o porquê de existir vida. Simplesmente não necessitava de explicações, e sem recorrer ao pensamento, aceitava que existíamos, sem colocarmos qualquer questão adicional.
Um dos pontos com o qual também concordo é que Caeiro recusa totalmente o pensamento metafísico, isto é, rejeita o pensamento, a racionalização, os sentimentos, porque estes desvirtuam a realidade e a partir do momento em que se recorre ao pensamento este torna-se uma doença como diz em”pensar é estar doente dos olhos”.
A poesia de Caeiro também é conhecida pelo sensacionismo pois ele utiliza a audição e a visão para observar toda a realidade que o rodeia. Na sua poesia predominam as sensações visuais, como, por exemplo, ”vi como um danado” ou “compreendi isto com os olhos e nunca com o pensamento”.
Alberto Caeiro também era conhecido pelo seu panteísmo naturalista pois para ele tudo era deus e as coisas eram divinas como por exemplo ”deus é as árvores e as flores e os montes e o luar e o sol…”.
São estes os motivos que me aproximam de Alberto Caeiro.
Sem comentários:
Enviar um comentário